19/08/2009 - 19h59
Secretário municipal de Educação de SP responde à "acusação" de desperdício de dinheiro
Karina Yamamoto
Em São Paulo
Em São Paulo
O secretário municipal da Educação de São Paulo, Alexandre Schneider, publicou, em seu blog nesta quarta (19), uma resposta ao que considerou uma "acusação" de que a prefeitura desperdiça chances de obter verbas federais para a pasta.
O texto começa assim: "Hoje o dia começou com um grande equívoco". O "equívoco" a que o secretário se refere é um texto publicado na última terça-feira (18) pelo jornalista Gilberto Dimenstein, da Folha de S. Paulo. Entitulada "Serra e Kassab desperdiçam dinheiro", a coluna Pensata trazia comentários sobre a baixa participação das escolas paulistas no programa Mais Educação, do MEC (Minstério da Educação).
Leia ou ouça a coluna Pensata, de Gilberto Dimenstein
Para Schneider, a baixa adesão tem um motivo simples. "O programa é ruim", disse ao UOL Educação. Schneider escreveu: "Exige uma burocracia enorme das escolas, não banca os principais custos de um programa desta natureza que é a mão de obra especializada - exigindo que seja voluntária ou que receba um valor ínfimo mensal - e ainda exige um professor 20 horas semanais dedicado exclusivamente ao programa. Desta forma, as escolas não entendem a adesão ao programa como um benefício de fato".
O jornalista escreveu: "A única explicação que consigo imaginar para esse desperdício são as eleições --ou seja, a suspeita de que o ministro Fernando Haddad, paulista, seja candidato para algum cargo eletivo".
Durante a manhã desta quarta-feira (19), Schneider já havia se manifestado em sua página no Twitter, ferramenta de microblog que permite textos de até 140 caracteres.
Por volta das 11h, começaram os posts sobre o assunto. Em um dos textos, ele alfineta: "Um conselho ao ministro [Haddad, da Educação]: Faça como o Lula. Não misture política com administração pública. A educação deve estar acima disso".
Segundo o MEC, a meta de 2009 é atender 5 mil escolas até o fim do ano. Para participar do programa, a escola deve assinar um termo de adesão, anualmente. Até agora, em torno de 4,3 mil escolas já estão inscritas. A previsão de verba para a iniciativa em 2009 é de, aproximadamente, R$ 250 milhões.
O texto começa assim: "Hoje o dia começou com um grande equívoco". O "equívoco" a que o secretário se refere é um texto publicado na última terça-feira (18) pelo jornalista Gilberto Dimenstein, da Folha de S. Paulo. Entitulada "Serra e Kassab desperdiçam dinheiro", a coluna Pensata trazia comentários sobre a baixa participação das escolas paulistas no programa Mais Educação, do MEC (Minstério da Educação).
Para Schneider, a baixa adesão tem um motivo simples. "O programa é ruim", disse ao UOL Educação. Schneider escreveu: "Exige uma burocracia enorme das escolas, não banca os principais custos de um programa desta natureza que é a mão de obra especializada - exigindo que seja voluntária ou que receba um valor ínfimo mensal - e ainda exige um professor 20 horas semanais dedicado exclusivamente ao programa. Desta forma, as escolas não entendem a adesão ao programa como um benefício de fato".
Mais Educação
Segundo Dimenstein, Estado e município deixaram escapar uma verba anual de R$ 68 mil, "dinheiro para 107 escolas estaduais e 135 municipais".O jornalista escreveu: "A única explicação que consigo imaginar para esse desperdício são as eleições --ou seja, a suspeita de que o ministro Fernando Haddad, paulista, seja candidato para algum cargo eletivo".
Durante a manhã desta quarta-feira (19), Schneider já havia se manifestado em sua página no Twitter, ferramenta de microblog que permite textos de até 140 caracteres.
Por volta das 11h, começaram os posts sobre o assunto. Em um dos textos, ele alfineta: "Um conselho ao ministro [Haddad, da Educação]: Faça como o Lula. Não misture política com administração pública. A educação deve estar acima disso".
O programa
Criado em 2008, o programa Mais Educação se destina a incentivar educação integral por meio de repasse de verbas às escolas. A iniciativa promove "ações sociais e educacionais em escolas e em outros espaços socioculturais". Os alunos participam de atividades no turno oposto ao das aulas regulares.Segundo o MEC, a meta de 2009 é atender 5 mil escolas até o fim do ano. Para participar do programa, a escola deve assinar um termo de adesão, anualmente. Até agora, em torno de 4,3 mil escolas já estão inscritas. A previsão de verba para a iniciativa em 2009 é de, aproximadamente, R$ 250 milhões.
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