terça-feira, 9 de março de 2010

Dimenstein diz que greve é para pobres

Uma greve contra os pobres
A greve decretada pelo sindicato dos professores de São Paulo é uma greve contra os pobres - a sorte do sindicato é que os pobres não sabem disso.

Não vou discutir aqui o pedido de aumento salarial (30%). O problema gritante é que, entre as reivindicações que levaram à decretação da greve, estão o fim das normas que reduziram a falta dos professores (podia-se faltar até 130 dias por ano), o exame para professores temporários, a nota mínima para os concursos, a escola de formação de professores (o novo professor tem de passar num curso de quatro meses antes de dar aulas) e, enfim, o programa que oferece aumento salarial para quem ir bem em provas.

Suponhamos que se decidisse mesmo facilitar o absenteísmo (que já é grande) e reduzir medidas que valorizem o mérito. Quem vai sofrer não é o filho da classe média. Mas o pobre.

Tenho dito aqui que a profissão mais importante de uma sociedade é o professor. Sei que ele vive em permanente tensão, o rendimento é baixo, é vítima de violência. Nada pode ser mais importante do que valorizá-lo. Sei também como a classe é vítima de várias mudanças de secretários - o que ocorre dentro do PSDB em São Paulo.

Mas esse tipo de reivindicação contra o mérito não melhora a imagem do professor - é um desserviço que o sindicato faz à categoria.

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